Liderança do governo deve continuar com o PT

O governador Roberto Requião (PMDB) quer manter nas mãos do PT a liderança do governo na Assembléia Legislativa. O nome preferido do governador para suceder o deputado Angelo Vanhoni (PT) é o vice-presidente da Casa, deputado Natalio Stica. Embora não confirme a informação, Vanhoni deverá deixar o cargo antes do retorno dos trabalhos do legislativo, em 16 de fevereiro, para dedicar mais tempo à sua pré-candidatura à Prefeitura de Curitiba.

Mas a possível indicação de Stica criaria um problema para o Legislativo. Para assumir a função, o deputado teria que renunciar à vice-presidência da Assembléia. Neste caso, os 54 deputados teriam que eleger outro nome. Como a vaga pertence ao PT, o escolhido deveria ser um dos outros cinco deputados da legenda alinhados com o Palácio Iguaçu – Hermes Fonseca, Luciana Rafagnin, Pedro Paulo, Pedro Ivo e Elton Welter. Os deputados André Vargas (presidente estadual do PT) e Tadeu Veneri são considerados “rebeldes” e por isso têm poucas chances de ser eleitos.

A escolha de Stica depende da posição de Angelo Vanhoni. O deputado ainda não anunciou formalmente seu afastamento da liderança do governo, embora já tenha afirmado que não pretende acumular o posto com a condição de candidato. O convite de Requião a Stica só aconteceria depois desta definição. Stica tem a preferência para ocupar o posto porque o governador o considera o deputado petista mais experiente politicamente e mais alinhado com a orientação política do governo.

Equilíbrio

Segundo uma fonte ligada ao governo, Requião pretende conservar a liderança nas mãos do PT porque quer manter o equilíbrio da base de apoio ao Palácio Iguaçu. No entendimento do governador, isto não seria possível se o indicado fosse do seu partido, o PMDB. Um dos deputados peemedebistas que está apresentando seu nome como candidato à vaga é Antonio Anibelli.

A indicação do governador também cumpriria o objetivo de manter firme a aliança já firmada entre PT e PMDB para as eleições municipais deste ano. Mesmo com a movimentação do deputado federal Gustavo Fruet para tentar garantir a candidatura própria do PMDB à Prefeitura, as direções municipais dos dois partidos praticamente selaram um acordo às eleições deste ano com o objetivo de derrubar a hegemonia de 14 anos do grupo ligado ao ex-governador Jaime Lerner (agora no PSB) – primeiro, com o próprio Lerner e depois com Rafael Geca e os dois mandatos de Taniguchi. Neste acordo, o PMDB teria ainda a vice do deputado na chapa, que reuniria também vários partidos de aliados tradicionais do PT.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo