O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), afirmou nesta segunda-feira que a base aliada é favorável a que se instale a CPI mista do metrô na quarta-feira (4). Nos bastidores, os aliados querem usar essa comissão, que vai investigar acusações de formação de cartel de trens em São Paulo durante gestões tucanas, para neutralizar o desgaste com as apurações da CPI mista da Petrobrás.

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Humberto Costa disse que vai pedir ao presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que instale a CPI do Metrô até depois de amanhã ou, se não for possível, na terça-feira da próxima semana. O petista afirmou que na Câmara todos os líderes partidários já indicaram os nomes para compor a comissão e, no Senado, líderes de alguns blocos partidários ainda não o fizeram. Ele ponderou que, se essas indicações não forem feitas, Renan tem competência para fazer as nomeações.

Para o líder do PT, as apurações sobre o metrô devem ser bastante profundas, uma vez que há investigações sendo feitas por órgãos de fiscalização, como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Ele ressaltou que esta CPI terá um trabalho “mais econômico” que a da Petrobras, chegando a estimar que as apurações podem ser encerradas em apenas um mês. “Existem comprovantes de pagamentos a agentes públicos. Precisamos explicar melhor quem são esses agentes públicos envolvidos nesses atos de corrupção”, afirmou.

O vice-líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), afirmou que a oposição também vai participar da CPI mista do Metrô, a terceira a ser aberta às vésperas do início do período eleitoral. “Certamente o PSDB vai participar, não vai se furtar”, disse. O tucano criticou o comentário de Humberto Costa de que a comissão poderia concluir as investigações em um mês. “Esse anúncio já pressupõe uma CPI chapa branca”, afirmou.

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