Em meio às comemorações petistas pela posse de Gleisi Hoffmann no comando da Casa Civil do governo federal, a líder do PT na Assembleia Legislativa, Luciana Rafagnin, lançou a nova ministra como o nome do partido para concorrer ao governo em 2014.
“Gleisi já era um nome forte, pela expressiva votação que teve para o Senado Federal, agora se consolida como uma certeza que temos para a disputa ao governo”, disse Rafagnin, em pronunciamento na sessão desta quarta-feira, 8.
A líder do partido disse que a ministra já deu provas de sua capacidade técnica, política e administrativa. “Estamos confiantes no sucesso do seu trabalho e na projeção que esse espaço vai proporcionar à companheira”, declarou.
Antes de assumir o ministério, o nome de Gleisi já estava sendo apontado como a possível candidata do partido à sucessão estadual de 2014. A ida para o ministério da Casa Civil apenas consolidou o que já estava sinalizado desde o ano passado, quando Gleisi foi eleita para o Senado.
Aparências
Os tucanos não acusaram o golpe da ascensão da ministra e sua possível transformação numa concorrente de peso à reeleição do governador Beto Richa (PSDB). Beto Richa foi à posse e divulgou nota de apoio à indicação de Gleisi. Na Assembleia Legislativa, o vice-presidente estadual do PSDB, Valdir Rossoni, parabenizou o PT do Paraná e evitou tocar no ponto eleitoral. “Antes de ser do PSDB, somos paranaenses”, desconversou.
O líder do governo na Assembleia Legislativa, Ademar Traiano, foi menos evasivo. “Quem quer galgar espaços e está na disputa eleitoral não pode escolher adversários”, afirmou. Traiano também citou que a Casa Civil não é cem por cento a garantia de sucesso eleitoral. “Desde o início do governo Lula, a Casa Civil tem um histórico negativo. Desejo sucesso à ela (Gleisi), mas lá é um barril de pólvora”, afirmou.
Sobre o fato de a presidente Dilma Rousseff ter chefiado a Casa Civil antes de ser eleita no ano passado, Traiano fez uma comparação. “Ela saiu da Casa Civil sob as bênçãos e glórias de um presidente que era uma unanimidade, que nada colava nele. A Dilma tem dificuldades em administrar crises”, disse.