O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), disse nesta tarde que a presidente Dilma Rousseff deve buscar uma fórmula equilibrada para o contingenciamento do orçamento da União.
“Tem de ser (um contingenciamento) grande o suficiente para dar uma sinalização bastante clara de que o governo está comprometido com o equilíbrio das contas públicas e credibilidade da política econômica. Mas, ao mesmo tempo, não pode ser grande demais a ponto de inibir os investimentos do governo”, opinou o petista ao chegar para reunião com o vice-presidente Michel Temer e líderes partidários no Senado.
Costa destacou também que ninguém quer neste momento aumento de imposto. “Acho que vamos poder tomar as medidas contando com o apoio do Congresso e assim evitando outras medidas que atrapalhem a retomada do crescimento. Mais imposto agora atrapalha”, disse.
O líder petista acredita que as medidas provisórias do pacote do ajuste fiscal devem passar com mais facilidade pelo Senado do que foi a votação na Câmara. Nesta semana, os senadores votarão as medidas provisórias 663 e 665.
Ele reconheceu que o ideal é que as propostas não sofram alterações. Assim, as medidas não precisariam voltar para a Câmara. Costa destacou que o partido trabalhará para o convencimento de todos os senadores.
Sobre a votação da MP 664, que deve acontecer na próxima semana, ele disse que, se houver defecções, o número não será expressivo. “Vamos votar e dar os votos que a aprovação das medidas precisam”, afirmou.
Questionado sobre a alternativa votada na Câmara ao fator previdenciário, Costa disse que, se houver veto, a presidente Dilma Rousseff deve mandar um projeto de lei imediatamente ao Congresso para que o assunto seja discutido “com calma”. “Não pode ser feita da forma como foi”, acrescentou.