O líder do PSD na Câmara, Rogério Rosso (DF), disse neste domingo, 17, que o placar do partido em relação ao impeachment está cristalizado, com 29 votos a favor da deposição da presidente Dilma Rousseff e oito contra. Rosso informou que Marcos Reategui (AP), único que ainda se dizia indeciso, aderiu ao afastamento da petista. Ele não foi localizado pelo jornal O Estado de S. Paulo.

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O PSD tem 37 parlamentares na Câmara, com a entrada de Thiago Peixoto (GO), que estava licenciado e reassumiu sua cadeira de deputado para votar pela deposição da presidente. A legenda integrava o governo até a última sexta-feira, quando seu presidente nacional, Gilberto Kassab, deixou o comando do Ministério das Cidades após a maioria dos correligionários optar pelo desembarque.

A posição da bancada, no entanto, foi a de liberar o voto dos congressistas, sem punir quem for contra ou a favor do impeachment. A maioria dos parlamentares que está ao lado de Dilma é do Nordeste, bolsão de apoio da petista.

Rosso presidiu a comissão especial da Câmara que aprovou o relatório do impeachment e se posicionou pelo afastamento de Dilma. Ele chegou à Câmara na manhã deste domingo e participou de café da manhã com assessores e outros deputados na liderança do partido.

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Ele diz que, independentemente do desfecho da votação em plenário, será necessário um acordo por mudanças profundas. “Os políticos têm de fazer um grande pacto e aqui no Congresso eleger uma agenda mínima de reformas, sem as quais o Brasil não consegue superar a crise”, declarou, citando as reformas fiscal, federativa, tributária, previdenciária e política.