O líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), disse nesta quarta-feira, 11, ao chegar ao Ministério da Fazenda, que haveria clima no parlamento para a aprovação de um novo projeto de reestruturação fiscal dos Estados com as contrapartidas que foram derrubadas pelo próprio Congresso no final do ano passado. Segundo ele, o governo de Minas Gerais foi quem deu origem ao “efeito cascata” de negociação por parte dos governadores para retirada das duras exigências que o governo federal fazia aos Estados no projeto de renegociação das dívidas estaduais.

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“Há possibilidade de um novo projeto que traga de volta as contrapartidas para os Estados. Uma solução pontual não resolve o problema, senão daqui a alguns meses os Estados irão pedir ajuda de novo”, afirmou.

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Segundo Moura, a Câmara errou ao retirar do projeto de renegociação das dívidas estaduais a série de exigências para que os governos regionais tivessem restrições para aumento de gastos com pessoal. “Durante toda a negociação, defendemos a manutenção das contrapartidas e acho que foi um erro da Câmara (a retirada desses itens) naquele momento. Mas, se o governo encaminhar hoje uma nova proposta, há condições para ela ser aprovada”, completou.

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Moura acusou o governo mineiro de ter aceitado as contrapartidas num primeiro momento, mas depois ter trabalhado pela derrubada desses itens do projeto. “Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais foram os primeiros a concordarem, mas depois o governo de Minas voltou atrás, o que acabou levando a um efeito cascata com outros governadores”, disse.

Para o líder do governo, o novo projeto deveria ser apresentado o mais rápido possível para poder tramitar já no começo dos trabalhos no Congresso. “Sem as contrapartidas, o governo não pode permitir a adesão dos Estados a qualquer plano de recuperação”, acrescentou.

Moura se reúne agora à tarde com o secretário executivo da Fazenda, Eduardo Guardia, e o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, para tratar de medidas provisórias da área econômica já publicadas e que tramitarão no começo deste ano no Congresso. Ele não detalhou quais MPs são o principal foco do encontro.