O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, instância máxima no processo de impeachment vai decidir nessa sexta-feira, 19, sobre requerimentos e recursos da defesa que pedem a suspensão e a nulidade de sessões do processo de afastamento de Dilma Rousseff. As informações são de fontes do Judiciário.

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Nas últimas alegações da defesa, foram feitos diferentes requerimentos em relação ao processo. Os advogados de Dilma também protocolaram um recurso na última terça-feira. A defesa alega que, seguindo o rito do impeachment do ex-presidente Collor, as questões devem ser resolvidas antes do julgamento, que se inicia em 25 de agosto.

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Os advogados de Dilma pedem que seja anulada a decisão de prosseguimento do impeachment, votada pelo plenário do Senado, devido à inclusão de uma nova acusação contra a presidente no parecer do relator Antonio Anastasia (PSDB-MG) e porque as preliminares da defesa não foram analisadas separadamente.

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A defesa também requer que durante o julgamento sejam ouvidos os técnicos da perícia do Senado, além dos assistentes da defesa e da acusação que também participaram do processo. Até agora, a previsão é que sejam ouvidas apenas as testemunhas indicadas pela defesa e acusação, além do depoimento da própria presidente da República.

Já o recurso feito ao Supremo também pede que a sessão seja anulada, alegando, como nos requerimentos, que as preliminares da defesa deveriam ser analisadas separadamente, como em um processo jurídico, e não em bloco, seguindo o modelo de apreciação de projetos parlamentares no Senado.

Pedidos da acusação

Os autores do processo de impeachment também fizeram questionamentos ao ministro do Supremo. Eles pedem a impugnação de duas das seis testemunhas indicadas pela defesa por considerarem que se tratam de especialistas, e não pessoas que tiveram ligação com os fatos imputados à presidente.

Na noite da quinta, 18, o advogado da acusação também protocolou um pedido para modificar a frase a qual os senadores responderão no momento de votarem contra ou a favor do impeachment. Ele pede que a frase seja ampla, questionando se a presidente cometeu crime de responsabilidade e deve sofrer o impeachment, ou que ela mencione cada um dos crimes imputados a presidente. A acusação alega que na atual frase formulada por Lewandowski falta a indicação de um crime.

Segundo fontes ligadas ao STF, Lewandowski deve decidir sobre todas as questões ainda nessa sexta-feira.