O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, abriu às 9h45 desta sexta-feira, 26, o segundo dia do julgamento final do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT).
A sessão atrasou 45 minutos para começar porque o advogado de defesa de Dilma, José Eduardo Cardozo, não chegava ao plenário. Lewandoswski ironizou a situação, dizendo que estava esperando a chegada de “presenças ilustres” para dar início à sessão. O julgamento não pode iniciar sem os representantes da defesa e da acusação.
Lewandowski também tinha a intenção de esperar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para dar início aos trabalhos, mas desistiu diante da demora do peemedebista em chegar à Casa. O quórum mínimo para abrir a sessão é de quatro parlamentares. Renan chegou por volta das 10 horas, minutos depois da abertura da sessão.
A sessão desta sexta será destinada a ouvir as seis testemunhas de defesa da petista. O primeiro a prestar depoimento será o economista Luiz Gonzaga Belluzzo. Até agora, 30 senadores se inscreveram para questioná-lo, o que deve levar, pelo menos, seis horas.
Assim como fez Cardozo, a advogada da acusação, Janaína Paschoal, também vai pedir a impugnação de nomes indicados para depor a favor de Dilma.
Belluzzo deve ser alvo de um desses pedidos, assim como o ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa, a ex-secretária de Orçamento Federal Esther Dweck e o professor da Uerj Ricardo Lodi.
Na sessão de quinta, Lewandowski aceitou a argumentação da defesa e impugnou o nome do procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União, Júlio Marcelo de Oliveira. Ele foi ouvido apenas como informante. Na prática, isso significa que ele não tinha a obrigação de falar a verdade e, por isso, o conteúdo do seu depoimento pode não valer como prova para o processo.
O primeiro dia do julgamento foi marcado por uma briga entre senadores, que trocaram xingamentos no plenário. A sessão terminou depois da meia noite e durou cerca de 15 horas. Por volta das 22h30, vencidos pelo cansaço, os parlamentares começaram a abrir mão de inquirir uma das testemunhas da acusação, o auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) Antônio Carlos Costa D’Ávila Carvalho.
Assim como no primeiro dia, a sessão desta sexta não tem hora para acabar. A programação inicial é ouvir as seis testemunhas arroladas pela defesa. Caso isso não seja possível, o julgamento será retomado no sábado.
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