O ex-governador Jaime Lerner (PSB) disse ontem em entrevista à rádio CBN que mudou seu domicílio eleitoral de Curitiba para o Rio de Janeiro para não ser pressionado a disputar a eleição para a prefeitura da capital no próximo ano.

“Eu já fui três vezes prefeito de Curitiba e não gostaria de receber pressões para que voltasse a disputar um cargo, quando esta tarefa eu já exerci”, disse.

Sobre a sua candidatura a prefeito do Rio de Janeiro pelo PSB, seu novo partido desde a quarta-feira passada, Lerner comentou que não existe garantia de que estará na disputa. Ele se julga qualificado para o cargo, mas ressalvou que não foi uma condição que impôs para entrar no partido. Mas destacou que está à disposição para concorrer. “Dediquei quarenta anos da minha vida ao estudo da cidade e a qualquer momento esse acervo, esse lastro, estará à disposição do meu partido”, declarou.

O ex-governador disse que escolheu o Rio de Janeiro porque conhece a cidade. Lembrou que foi coordenador do projeto Rio 2000 e trabalhou no Rio durante cinco anos. “A cidade é o meu campo. Se entenderem que isso é importante, tudo bem. Se não acontecer, continuo com minha atividade profissional”, observou.

Sobre a mudança do PFL para o PSB, o ex-governador disse que o novo partido foi escolhido há muito tempo. “Eu entendo que era chegado um momento de integrar um partido que defende uma solidariedade – claro que todos os partidos têm em seu estatuto o objetivo da solidariedade -mas achei importante nesta altura da minha vida ir para um partido que tem uma solidariedade mais explicita, mais vinculada, e mais comprometida, que correspondesse aquilo que eu penso”, justificou.

O ex-governador terminou a entrevista mencionando indiretamente a filiação da mulher, Fani Lerner, ao PSB. “Não esqueçam que a Fani vem aí.” Ele não comentou a especulação de que Fani estaria se preparando para disputar um cargo nas eleições municipais do próximo ano.

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