A presidente da Associação dos Médicos Legistas do Paraná, Maria Letícia Fagundes, divulgou nota nesta terça-feira, 30, reclamando que o projeto do governo que reforça o quadro de pessoal da Polícia Civil não contempla o Instituto Médico Legal e a Polícia Científica. “Ainda estamos aguardando ações efetivas do governo que resolvam as pendências com o IML e a policia cientifica de uma forma geral”, disse a médica.

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A representante da entidade esperava que o projeto, que prevê a contratação de delegados, investigadores, escrivães e papiloscopistas , também mexesse no quadro de pessoal no IML, que tem um déficit de 220 médicos legistas. “Por enquanto, para a nossa categoria, o programa Paraná Seguro só está na promessa”, afirmou Maria Letícia.

Ela citou que os problemas denunciados no IML no início deste ano, como o acúmulo de cadáveres, ainda persistem. Um deles é a fila de três mil exames, cuja demora é atribuída à falta de pessoal e à precariedade dos equipamentos. A médica lembrou que, no início do ano, o governador Beto Richa (PSDB) chegou a anunciar a contratação de 120 profissionais, destes apenas 38 médicos, em caráter temporário, para trabalhar nas 17 unidades do IML do Paraná.

“São medidas já tomadas em outros governos que não resolvem nada. Além do número ser muito pequeno, profissionais sem experiência serão contratados, podendo até prejudicar casos na Justiça que são periciados pelos legistas”, criticou Maria Letícia. De acordo com a representante dos médicos legistas, as medidas até agora adotadas são paliativas. 

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