O ministro do Planejamento, Valdir Simão, afirmou nesta sexta-feira, 15, que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2017, enviada hoje ao Congresso, terá como prioridade o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Minha Casa Minha Vida, a construção de unidades básicas de saúde e de creches e a manutenção rodoviária, além do Bolsa Família e de programas de assistência social.

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Com a necessidade de reduzir as despesas, o ministro afirmou ainda que o projeto mantém a proibição de novos servidores, com algumas exceções. “Há possibilidade de substituição dos terceirizados, mas não há previsão de contratações para a União em 2017 e estamos vetando ajuste para benefícios de servidores que estão acima da média prevista para a União”, afirmou.

Na avaliação do ministro, o governo está “buscando equilíbrio da despesa de pessoal”. “Queremos reforçar que o Planejamento está monitorando a folha para garantir que sejam feitos os pagamentos daquilo que é devido”, disse, antes de lembrar que, na elaboração da LDO, o governo está “olhando para frente e não olhando para os servidores que se aposentaram ao longo do tempo”.

Sobre as despesas administrativas, o ministro afirmou que ele continua trabalhando. Ele afirmou que o valor das diárias da União se manterá em R$ 700, como em 2016.

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LOA

O ministro do Planejamento ressaltou que o governo encaminhará, até o último dia de agosto a Lei Orçamentária Anual (LOA) referente a 2017. Segundo o ministro, enquanto não envia a LOA, a ideia é utilizar o resultado dos dados obtidos através do Comitê de Avaliação do Gasto Público para definir quais políticas públicas serão objeto de uma avaliação.

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“É intenção do comitê ter uma ideia de toda a política, todo o orçamento. E isso será usado para a LOA de 2017, porque isso será usado para as despesas tanto discricionárias quanto obrigatórias”, afirmou.

Crédito suplementar

Simão afirmou que o governo não tem usado decretos para crédito suplementar desde que o Tribunal de Contas da União (TCU) adotou entendimento nesse sentido. “Em que pese nós entendermos que a lei orçamentária dá essa autorização, não temos usado esse expediente. A gestão do orçamento em 2017 atende a esse entendimento”, comentou.

Simão também afirmou que, enquanto o Congresso não aprovar o projeto que permite uma flexibilização da meta de superávit primário para este ano, o governo continua trabalhando com o objetivo atual, mas isso significa que será preciso contingenciar mais gastos e que faltará dinheiro para alguns programas federais.

“Este ano, após os contingenciamentos, estamos com um limite de despesas discricionárias de R$ 212 bilhões, abaixo do valor nominal do ano passado, de R$ 235 bilhões. Entretanto, por mais que estejamos nos esforçando, isso é insuficiente para a execução dos programas para o ano de 2016. Por isso houve a proposta de redução da meta. Não há no momento qualquer tipo de descumprimento sobre o que prevê a Lei de Responsabilidade Fiscal”, afirmou.

O ministro do Planejamento também ressaltou o dispositivo na LDO que estabelece padrões mais rígidos para o pagamento de auxílio moradia para os servidores públicos. Segundo ele, o pagamento desse benefício está previsto em lei, “mas é importante disciplinar para evitar abusos e que ele seja utilizado como complemento salarial”.