O presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, José Robalinho, afirma que uma possível resistência do Senado a apoiar um novo mandato do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não vai mudar o curso da Operação Lava Jato. Segundo ele, Janot e os outros três candidatos ao cargo não fariam qualquer “mudança radical” na continuidade das apurações.

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“Tirar o doutor Rodrigo Janot porque ele está fazendo investigação disso ou daquilo para colocar outra pessoa pouco vai mudar, porque a investigação vai continuar”, afirmou.

Robalinho compara a situação atual à troca de comando que ocorreu na instituição quando da investigação do mensalão. Coube ao então procurador-geral Antonio Fernando Souza oferecer a denúncia criminal ao Supremo Tribunal Federal, mas o sucessor dele, Roberto Gurgel, foi quem esteve à frente do Ministério Público Federal durante o julgamento da ação penal pela Corte.

“Não há por que achar que vai haver uma mudança de 180 graus. Os senadores vão perceber isso.”

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Procuradores da República vão votar, no próximo dia 5, em um dos quatro candidatos para formar lista tríplice de indicados à vaga de procurador-geral. As sugestões são encaminhadas à presidente Dilma Rousseff. Posteriormente, o indicado deve passar pelo crivo do Senado na Comissão de Constituição e Justiça e, em seguida, do plenário, em votação secreta.

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Para o presidente da entidade dos procuradores, Dilma irá “respeitar a lista” e escolher um dos três indicados pela categoria. O governo já admite nos bastidores, no entanto, que Janot terá dificuldade a ser reconduzido por enfrentar um Senado com 13 políticos investigados na Lava Jato. Robalinho defendeu a regularidade da ação da Polícia Federal durante a Operação Politeia, que fez buscas e apreensões em imóveis de três senadores. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.