A força-tarefa da Operação Lava Jato garantiu que as investigações referentes aos escândalos que assolaram a Petrobras irão continuar, a despeito da crise financeira que atinge o País. “A Lava jato não parou, não vai parar aqui e vai continuar no Brasil inteiro”, disse o delegado Igor Romário, em entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira, 18.

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Ele disse que o fato inédito de se deflagrar duas fases simultâneas dessa operação, ocorreu devido a uma convergência de vários fatores e à necessidade de otimização dos recursos para reduzir custos. Entretanto, sinalizou que apesar dessa decisão, não faltam recursos para as investigações.

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Na coletiva, a força-tarefa disse que um dos principais alvos da operação dessa sexta-feira, o ex-líder dos governos Lula e Dilma na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza, que já foi preso e está sendo transferido para a Superintendência da Polícia Federal de Curitiba, recebeu em torno de R$ 500 mil, em propinas oriundas de contratos da Petrobrás.

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Para se chegar ao ex-deputado, as investigações partiram da colaboração premiada do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa. “O esquema de propina e corrupção na Petrobras era partidário, parte do dinheiro ia para partidos políticos como PT, PMDB e PP”, disse o procurador da República Paulo Roberto Galvão, integrante da força-tarefa.

Na operação agora deflagrada, além de Vaccarezza, também foi preso temporariamente o ex-gerente da estatal petrolífera Marcio Ache. A força-tarefa disse que chamou a atenção não apenas a influência do ex-líder dos governos petistas na indicação de apadrinhados para os cargos, mas também a “pressão” e as retaliações contra funcionários de menor escalão que não eram alinhados com o Partido dos Trabalhadores. “Vários empregados de baixo escalão da Petrobras sabiam da estrutura partidária que abastecia a corrupção”, diz o delegado Filipe Hille Pace, na coletiva.