Duas empresas do escândalo do “mensalão do DEM” – a Uni Repro Serviços Tecnológicos Ltda. e a Call Tecnologia – receberam da Prefeitura de São Paulo desde 2006, quando o prefeito Gilberto Kassab (DEM) assumiu o cargo, R$ 106,9 milhões por serviços prestados.
As companhias são suspeitas de ter alimentado o suposto esquema de propina no governo José Roberto Arruda (DEM), investigado pela Polícia Federal na Operação Caixa de Pandora.
Tanto a Uni Repro como a Call Tecnologia seriam supostamente usadas por integrantes do PPS – que fez parte do governo do Distrito Federal e integra a gestão Kassab – para levantar fundos para o esquema.
Na capital paulista, o contrato com a Uni Repro é anterior à nomeação de Kassab como prefeito. A empresa foi escolhida pela Secretaria de Saúde por meio de pregão presencial e depois recontratada diretamente pela maioria das secretarias, subprefeituras e outros órgãos governamentais. Ela concentra a maior parte dos serviços de fotocópia do governo.
A Call Tecnologia chegou a ser investigada pela CPI do IPTU, na Câmara Municipal de São Paulo. O relator da comissão, Antonio Donato (PT), afirma que, além ouvir um representante da empresa, dois parlamentares da CPI fizeram diligências na sede da empresa por suspeitas de fraude.
A prefeitura, por meio de sua assessoria, informou que os contratos foram feitos por pregão e, no caso da Call Tecnologia, desde 2007 o valor pago não é reajustado. As empresas não retornaram as ligações.