O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), minimizou nesta segunda-feira (17) o aumento da reprovação da sua gestão registrado em pesquisa do Datafolha. Kassab afirmou que o mais relevante do levantamento é observar que os paulistanos estão enxergando pontos positivos do seu governo, como a Lei Cidade Limpa. "O importante é que, cada vez mais, as avaliações mostram que os paulistanos enxergam pontos muito positivos na gestão. Portanto, à medida que a pesquisa identifica esses pontos positivos crescentes, isso mostra que as nossas ações estão corretas e nos dá muito estímulo para continuar nosso trabalho", declarou Kassab, após conceder coletiva sobre as comemorações do Réveillon na cidade, que acontecerá na Avenida Paulista.
Na pesquisa divulgada hoje pelo jornal "Folha de S. Paulo", a avaliação dos paulistanos que consideram seu governo "ruim/péssimo" saltou de 23%, no levantamento de agosto, para 31%. Em compensação, entre os que julgavam sua gestão "regular", houve queda de 41% para 33%. O levantamento mostrou ainda um avanço de 2 pontos porcentuais entre os que acham o seu governo "ótimo/bom" (de 31% para 33%). Questionado se o aumento da rejeição ao seu governo não poderia prejudicar os planos de seu partido para lançá-lo nas eleições municipais de 2008, Kassab desconversou: "Esse assunto não está na pauta. O que nos estimula é continuar tendo os resultados positivos que a pesquisa aponta".
Câmara dos Vereadores
Com relação à aliança das legendas PSDB e DEM em âmbito paulista o prefeito comentou a recente eleição à presidência da Câmara Municipal de São Paulo, que aconteceu no sábado. Na ocasião, houve uma dissidência entre os parlamentares dos dois partidos, tradicionais aliados. Sem consenso na aliança, foi reeleito Antonio Carlos Rodrigues (PR), que contou com apoio de petistas e democratas. Parlamentares do PSDB articularam obter a 1ª vice-presidência ou a 1ª secretaria, mas não chegaram a um acordo e a grande maioria optou por não comparecer à votação.
A situação levantou a tese de que a aliança entre DEM e PSDB estaria fragilizada. Kassab, entretanto, minimizou: "A questão não foi partidária, foi parlamentar. Nem o Poder Executivo e nem os partidos interferiram na questão. Essa é uma questão interna do Poder Legislativo." Os dois partidos podem ser adversários nas eleições municipais, caso o PSDB lance Geraldo Alckmin como candidato à prefeitura e o DEM apóie Kassab.