Duas iniciativas da administração Gilberto Kassab (PSD) na Prefeitura de São Paulo colocaram os militares em voga novamente no cenário político municipal e vão fomentar a disputa pelo voto de farda nas eleições de outubro. E não só entre os candidatos a prefeito. Sinal disso, é que dois ex-comandantes da Polícia Militar estão cotados para vereador.

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A nomeação de coronéis da reserva para comandar 30 das 31 subprefeituras e a assinatura da Operação Delegada, convênio entre município e Estado que autoriza policiais a trabalhar em horário de folga, não só agradaram a corporação como aproximaram Kassab e seus aliados da PM.

“O comentário geral é que a tropa gosta muito da Operação Delegada. Não sei como vai ser nas eleições, mas agrada a todo mundo”, diz o coronel Marcos Chaves, do Comando de Policiamento da Capital (CPC). A opinião é compartilhada pelo presidente da Associação de Cabos e Soldados da PM, cabo Wilson Morais. No entanto, ele diz que a entidade não definiu que candidato vai apoiar para a Prefeitura.

De olho nos PMs satisfeitos com Kassab, até os pré-candidatos de oposição elogiam a Operação Delegada, apelidada de bico oficial. Em paralelo, militares que pretendem se lançar a vereador também a usam como bandeira de campanha. Sem contar os votos de familiares e amigos dos policiais, estão em jogo na capital paulista quase 30 mil votos – número estimado do efetivo da PM que trabalha na cidade e pode fazer o bico oficial. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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