O presidente nacional do PSD e ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, confirmou, em entrevista à TV Estadão, que aceita ser candidato ao governo de São Paulo, caso o partido ache que seu nome é o melhor. “O partido deverá ter uma candidatura. Eu já fui consultado por líderes do partido e respondi positivamente”, disse Kassab. “Eu me sinto preparado”, completou.

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Kassab ressaltou que a orientação é que o partido lance candidaturas próprias nos Estados, para expor o nome de uma legenda, que é nova. Ele não negou, porém, a tendência de alinhamento com uma eventual candidatura de Dilma Rousseff em 2014.

O apoio à reeleição da presidente não tem relação, segundo Kassab, com a indicação de Guilherme Afif Domingos ao cargo de ministro. “A indicação dele não é partidária, é temática”, disse o ex-prefeito, ressaltando que Afif, que também é vice-governador de São Paulo, aceitou o cargo no governo federal depois que as relações com Geraldo Alckmin pioraram. “Houve um rompimento de parte do PSDB, de parte do Alckmin. O Afif foi demitido da Secretaria (de Desenvolvimento Econômico Ciência e Tecnologia em 2011), estava sem ocupação”, comentou.

Falando da administração municipal, o ex-prefeito não criticou seu sucessor, Fernando Haddad (PT-SP), pelo recuo no caso da redução da tarifa de ônibus depois dos protestos. Kassab disse que é preciso levar em conta que existem instrumentos que aproximam a população do poder público. “Não podemos falar em recuo ou avanço, mas da capacidade da Prefeitura em dar resposta à demanda. Na medida em que o governo socorreu os municípios desonerando alguns itens que compõem a tarifa, foi correta a decisão”.

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Sobre o processo de licitação das empresas de ônibus da capital, chamado por vereadores de “caixa-preta” pela falta de transparência, Kassab disse que é preciso avançar. “O importante é que no momento de renovação de contrato se avance em modelos de contrato que tragam mais transparência, mais informação, que traga mais eficiência ao serviço público.”

Reforma Política

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Sobre reforma política, o presidente do PSD afirmou ser a favor de consulta popular, mas disse que não há tempo para que ela seja feita. Kassab defende que o próprio Congresso faça a reforma e defendeu “o fim das coligações nas eleições proporcionais”.