A região de Iaras, no Centro-Oeste Paulista, está “bastante inflamada” pelas ações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), na avaliação da presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu (DEM-TO). A senadora chegou a comparar a ação do grupo no País à atuação das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
A senadora voltou a condenar o MST pela derrubada de parte do pomar da Cutrale no interior de São Paulo, declarando que suas atuações no Brasil são semelhantes às Farc. Para ela, as invasões produzidas pelo movimento são injustificáveis. “O MST seria as Farc do Brasil”, comparou. A guerrilha colombiana existe desde 1964 e se desenvolveu no país com apoio do narcotráfico, mas só ganhou destaque internacional após o sequestro de políticos.
No final de semana, o jornal O Estado de S. Paulo trouxe reportagem mostrando que as lideranças do movimento abriram, no local, um novo foco de conflito agrário.
“A região está bastante inflamada. O curioso é que o MST estaria atrás de terras improdutivas e, ao que me consta, as terras invadidas, como a da Cutrale, não são improdutivas, ao contrário”, argumentou.
A presidente da CNA avaliou também que as ações do movimento vêm causando prejuízo não apenas para o setor privado, mas também para o segmento público, ao invadir propriedades e prédios do governo. “A atuação do MST na Cutrale foi como se eles dissessem: ‘eu tenho as costas quentes'”, voltou a declarar.