Virtual presidente da Assembléia Legislativa na próxima legislatura, o deputado Nelson Justus (PFL) está aproveitando a entressafra política do final de ano para alinhavar a composição de sua chapa para a eleição que será realizada no dia 1.º ou 2 de fevereiro. Além da 1.ª secretaria, para o deputado Alexandre Curi (PMDB), Justus confirmou que o líder do PMDB, deputado Antônio Anibelli, será o 1.º vice-presidente da Assembléia Legislativa.
A indicação para a segunda vice-presidência está sendo costurada com o PDT, que pode indicar o deputado Augustinho Zucchi. O PSDB, que tem a terceira maior bancada, indicará o terceiro secretário.
A 2.ª secretaria para Luciana Rafagnin rendeu o apoio do PT à chapa de Justus. O PPS deve ficar com a 3.ª vice-presidência. O nome que já está definido é o do deputado eleito para o primeiro mandato Felipe Lucas. O PP indicará o ocupante da 4.ª secretaria. Os pequenos partidos, como o PSB, PRV e PL indicam o titular da 5.ª secretaria. ?Devagarzinho estamos fechando. Vamos conversando e os partidos vão indicando os nomes?, comentou.
Como empresa
Justus disse que as indicações dos partidos seguem um desenho diferente da mesa, na eleição deste ano. O deputado pefelista está propondo aos partidos que cada cargo seja responsável por uma tarefa na Casa. Assim é que a direção da TV Assembléia irá ficar a cargo de uma das secretarias, a terceira ou a quarta, e o processo de informatização será responsabilidade de uma vice-presidência. Outras áreas serão segurança e o cerimonial interno.
?Nós queremos que cada função tenha uma incumbência na Casa. A minha proposta é que funcionemos como uma empresa, com cada um se responsabilizando por uma função?, disse Justus. Atualmente, os únicos cargos com poder de decisão, além da presidência, são a 1.ª e a 2.ª secretarias, que têm a prerrogativa de autorizar despesas e assinar medidas.
Existem algumas pendências para as quais Justus ainda não propôs solução. É o caso da abertura de informações tratadas como sigilosas pela Casa, como o uso da verba de ressarcimento dos deputados, no valor de R$ 27,5 mil. Justus afirmou que pretende debater com os próximos integrantes da mesa executiva uma forma de tornar a aplicação dos recursos mais transparente.
Apenas a Comissão de Tomada de Contas têm acesso às notas fiscais e comprovantes de despesas apresentadas pelos deputados para justificar os gastos. ?Não vejo motivo para esconder nada. Acho que tudo tem que ser muito claro. Tudo o que é combinado, não sai caro?, afirmou o futuro presidente.
