Em comunicado feito durante a sessão plenária de ontem, o presidente da Assembléia Legislativa, Nelson Justus (DEM), informou que está criando uma comissão para formular um novo plano de gestão administrativa e funcional da Assembléia Legislativa.
No pronunciamento, Justus reclamou do tratamento que alguns veículos de comunicação estão dando ao Legislativo na cobertura de denúncias sobre irregularidades na Casa e prometeu que até o final de seu mandato como presidente, irá tornar mais transparente a forma como os deputados aplicam os recursos públicos destinados ao ressarcimento de despesas e também informar à sociedade sobre como é feita a contratação de pessoal. A comissão irá apresentar o projeto após o recesso parlamentar, que começa amanhã, 18.
Justus disse que a Assembléia Legislativa já adotou várias medidas saneadoras, como o fim do pagamento de jetons pela realização de sessões extraordinárias, o fim do voto secreto, a redução do recesso parlamentar, e a instalação do painel eletrônico.
?O Legislativo é um poder constituído. Tem que ser alvo de críticas, mas não pode ser desmerecido?, afirmou o deputado. ?Cada deputado é eleito pelo voto popular e é no voto que começa a responsabilidade?, afirmou.
Ele também explicou o reajuste das verbas de pessoal para cada um dos 54 gabinetes, que passaram de R$ 37,5 mil para R$ 39,5 mil. A correção nos valores obedeceu ao reajuste feito pela Câmara dos Deputados que, há três meses, elevou para R$ 60 mil o repasse para os gabinetes.
Conforme a legislação, a Assembléia Legislativa pode reproduzir até 75% dos gastos da Câmara dos Deputados. Justus disse que não aplicou todo o percentual, que elevaria a verba de gabinete para R$ 45 mil.