Foto: Ciciro Back

Justus: sem comissão.

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A Comissão Executiva da Assembléia Legislativa, presidida pelo deputado Nelson Justus (DEM), responde na próxima terça-feira, 18, à bancada de oposição ao governo se autoriza a visita de uma comitiva de deputados ao Paraguai para investigar a participação do secretário estadual de Comunicação Social, Airton Pisseti, na campanha presidencial no país vizinho.

O Paraguai realiza eleições no dia 20 de abril para escolher o sucessor do presidente Nicanor Duarte e os deputados adversários do Palácio Iguaçu pretendem apurar denúncia da revista IstoÉ, que acusou o governo do Estado de interferir na disputa no Paraguai.

Justus avocou para a Mesa Executiva a decisão depois que o líder da oposição, deputado Valdir Rossoni (PSDB), apresentou requerimento na sessão de ontem pedindo a criação de uma comissão externa de sete integrantes para ir ao Paraguai buscar indícios de que Pisseti está usando a estrutura do governo estadual para ajudar na campanha do ex-bispo Fernando Lugo, candidato de oposição, pela Aliança Patriótica por Mudanças. Rossoni e o deputado Plauto Miró Guimarães (DEM), que também assinou o requerimento, são os autores de pedidos de informações anteriores dirigidos a Pisseti e ao chefe da Casa Civil, Rafael Iatauro, pedindo esclarecimentos sobre as viagens do secretário ao Paraguai e que foi aprovado na sessão de quarta-feira passada.

O requerimento para criar a comissão externa não foi votado. Justus acha que não se justifica a criação de uma comissão e que a designação de uma delegação é suficiente para permitir à oposição buscar as informações que julgar necessárias para esclarecer o papel do secretário na campanha de Lugo.

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Pisseti declarou a O Estado que sua contribuição à campanha do ex-bispo católico se dá em caráter pessoal. E que ele tem a permissão do governador Roberto Requião (PMDB) para se ausentar do país.

Mas os deputados de oposição suspeitam que os deslocamentos de Pisseti se dão no horário em que ele deveria estar atuando no governo. ?Se isso se confirmar, ele terá que ser responsabilizado?, disse Rossoni. O deputado tucano pretende ir ao Paraguai na próxima semana. Já se apresentaram para integrar a comitiva, além de Plauto e Rossoni, os deputados Marcelo Rangel (PPS) e Ney Leprevost (PP).

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O líder da bancada do PMDB, deputado Waldyr Pugliesi, disse que o governo deve tratar essa questão de forma transparente. ?Se não existe nada de irregular na possível atuação do secretário como profissional, não vejo impedimento. A oposição está no seu papel, de questionar e o governo tem que dar respostas claras, objetivas, contundentes e convincentes em relação a tudo?, comentou Pugliesi.