O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, deferiu pedido do Ministério Público e prorrogou a permanência do corretor Lúcio Bolonha Funaro na Superintendência da Polícia Federal. Pela decisão, Funaro está autorizado a ficar na PF até a próxima sexta-feira, 1º de setembro. Depois disso, deve voltar ao Complexo Penitenciário da Papuda.

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Preso em julho de 2016, na operação Sépsis, o corretor assinou um acordo de colaboração premiada com a Lava Jato na última terça-feira, 22. Desde então, Funaro tem prestado depoimentos na Procuradoria-geral da República (PGR) para que sua delação seja levada ao Supremo Tribunal Federal (STF) para homologação do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato na corte. A permanência na PF tem como objetivo facilitar a logística para realização das oitivas na PGR.

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O jornal O Estado de S. Paulo apurou que o corretor irá detalhar sua atuação como operador financeiro do PMDB da Câmara dos Deputados. O grupo político é liderado pelo presidente Michel Temer e tem como integrantes os ex-ministros Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves. Além deles, outro importante representante dos peemedebista da Câmara é o ex-deputado Eduardo Cunha, preso em Curitiba por ordem do juiz Sérgio Moro. Todos negam relação com ilícitos praticados pelo corretor.

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As revelações de Funaro serão utilizadas nas denúncias contra Temer que Rodrigo Janot deve oferecer antes de deixar a Procuradoria. Denunciado por corrupção passiva, o presidente é investigado ainda em inquéritos que apuram os crimes de obstrução de Justiça e organização criminosa. Nos dois casos o corretor deve contribuir com informações.