Interrompida há nove meses, a concessão de novos registros para sindicatos deve ser retomada a partir de 2 de maio, mas sob nova direção, destaca o jornal O Estado de S. Paulo. A análise dos pedidos passará a ser feita pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Até o ano passado, essa tarefa era do Ministério do Trabalho, extinto, por medida provisória, no dia 1º de janeiro. Mais de 3,4 mil pedidos aguardam resposta.

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Novas autorizações estão vetadas desde julho passado, depois da terceira fase da chamada Operação Registro Espúrio, que investigou fraudes e desvios na aprovação de documentos. Para liderar o reordenamento do sistema de concessão de registros, o ministro Sérgio Moro nomeou o delegado da Polícia Federal Alexandre Patury. Segundo ele, as principais diretrizes são dar transparência e respeitar a ordem cronológica de análise dos pedidos, obrigação legal que vinha sendo descumprida.

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“O propósito da transferência do setor de registro sindical ao Ministério da Justiça e Segurança Pública foi o de prevenir a captura dele por agentes públicos desonestos”, afirmou Moro ao Estado. “Certamente, caso identificadas fraudes (nos processos pendentes), serão comunicadas.”

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Enquanto o novo sistema não entra em vigor, a criação de sindicatos cai vertiginosamente. Com o fim da obrigatoriedade do imposto sindical, aprovada durante o governo Michel Temer, os sindicatos tentam reverter no Congresso medida provisória editada pelo presidente Jair Bolsonaro (MP 873) que impede o desconto em folha da contribuição sindical mesmo quando autorizada pelo trabalhador. Na próxima semana, sindicalistas devem se reunir com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para pedir agilidade na análise da medida provisória. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.