O vereador Admir Strechar está afastado do cargo e, consequentemente, de sua função de presidente da Câmara Municipal de Guarapuava. A determinação veio em três liminares judiciais, dos juízes Ricardo Henrique Ferreira Jentzsch e Fernando Augusto Fabrício de Melo, da 2ª e 3ª Varas Cíveis da comarca.

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As decisões atendem a requerimento do Ministério Público do Paraná, que apresentou ações civis públicas contra Strechar por ato de improbidade administrativa. O responsável pelo caso é o promotor de Justiça William Gil Pinheiro Pinto, titular da 7ª Promotoria de Justiça de Guarapuava.

A Justiça também suspendeu, liminarmente, o pagamento dos vencimentos efetuados pela Câmara de três servidores que seriam funcionários fantasmas: Luiz Antônio Siqueira Martins, ocupante do cargo de assessor de gabinete do vereador João Carlos Gonçalves, Tatiane Lemos do Prado, assessora do vereador Hamilton Carlos de Lima (também mãe de um filho do político), e Antônio Ferreira, nomeado assessor do vereador Sadi Federle.

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O promotor de Justiça William Gil Pinheiro Pinto propôs outras ações, também por improbidade, contra todos os vereadores e servidores envolvidos no esquema exposto pela ‘Operação Fantasma’, ação coordenada pela unidade de Guarapuava do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e que expôs um esquema de desvio de parte dos vencimentos de funcionários fantasmas para alguns vereadores. ‘Temos confiança na sensibilidade do Poder Judiciário em relação a esse caso, tanto em primeiro, quanto em segundo grau’, afirma o promotor.

‘Acredito que as liminares serão mantidas, já que têm forte amparo probatório que revela que Admir Strechar já buscou, por vários meios ilícitos, obstruir as investigações, o que permite inferir que tentará, com os mesmos meios escusos, interferir na produção de provas no curso do processo’, diz William. ‘Esse afastamento reforça a credibilidade da população em geral e em especial dos servidores honestos da Câmara Municipal, gerando um ambiente de confiança para que novas notícias de outros ilícitos cheguem ao conhecimento dos órgãos de repressão à corrupção administrativa’, opina.

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As informações são do Ministério Público do Paraná.