O juiz da 4.ª Zona Eleitoral de Curitiba, Marcio Tokars, ouviu ontem, 26, os depoimentos dos deputados estaduais arrolados como testemunhas no processo que Mauro Moraes (PMDB) move para deixar o partido, sem ser acusado de infidelidade e manter o mandato.

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Na ação no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Moraes alega que é discriminado pela direção do partido que teria agido de forma autoritária ao cancelar suas participações nas comissões permanentes da Assembleia, por não seguir orientações da bancada aliada nas votações em plenário.

O líder do governo, Luiz Claudio Romanelli (PMDB), foi um dos deputados que prestaram depoimento. Romanelli e o presidente estadual do PMDB, Waldyr Pugliesi, são apontados por Moraes como responsáveis pelas punições internas, como a destituição da presidência da Comissão de Segurança.

Ao lado de Moraes, como testemunha de defesa, estavam os deputados Durval Amaral (DEM), Marcelo Rangel (PPS) e o peemedebista Reinhold Stephanes Junior. Rangel e Amaral são integrantes da Comissão de Segurança e Stephanes foi chamado pelo peemedebista por também entrar em conflito com as orientações da bancada governista.

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Mas ao depor ontem, Stephanes defendeu o presidente estadual do partido, afirmando que Pugliesi não costuma impor decisões. Atribuiu a característica ao líder do governo, Romanelli, que negou as acusações.

Os depoimentos de ontem servirão de base para o julgamento do mérito do pedido de Moraes. O juiz substituto Luciano Carrasco Falavinha Souza, do TRE já havia rejeitado a concessão de liminar à petição de Moraes.

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