Por decisão judicial, a coligação Tá Na Hora Curitiba, de Angelo Vanhoni, garantiu direito de resposta no espaço do PT do B no horário eleitoral gratuito em rádio. O que motivou a punição foi a divulgação de nota considerada ofensiva, onde o PT do B pergunta “o que será que fizeram com os 99% do dinheiro que deveria ir para os programas de primeiro emprego, fome zero, reforma agrária e saúde?”. O juiz considerou que as afirmações veiculadas no programa levam o ouvinte a pensar que o PT desviou esses recursos, extrapolando o exercício da crítica.
Além disso, o juiz Marco Antoniassi encaminhou os autos para o Ministério Público porque entendeu que “houve descumprimento da ordem judicial que determinou a suspensão da veiculação do programa em outras representações”.
No caso do programa do PSDB, apontando o descumprimento de promessas de campanha pelo PT, o juiz considerou que houve apenas crítica a proposta petista para a segurança pública, negando o direito de resposta reivindicado pela coligação Tá Na Hora Curitiba.
Duas representações da Coligação Tá Na Hora Curitiba contra o PSL, Beto Richa e Coligação Curitiba Melhor Pra Você, por veiculação de propaganda de Beto Richa no horário destinado aos vereadores, foram julgadas improcedentes. O juiz considerou que as referências ao candidato tucano foram apenas incidentais, como vinhetas de passagem.
Boca de urna
Quem for preso fazendo boca de urna no dia 3 de outubro, não ficará detido, como ocorreu em eleições anteriores. Será encaminhado à sede da Pontifícia Universidade Católica, onde funcionará o “cadeião” em Curitiba, e será intimado na hora, assinando termo de cumprimento de pena com realização de trabalho comunitário. A inovação foi um dos principais pontos discutidos ontem, durante reunião no Tribunal Regional Eleitoral, entre o juiz da 175.ª Zona Eleitoral, Fernando Moraes, e representantes das polícias Federal e Militar, justamente para tratar da repressão a boca de urna, que é proibida por lei.
