A Justiça determinou aos integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) que ocupam a fazenda Monte d’Este, pertencente ao grupo Tozan, na região de Campinas (SP), que deixem o local até quarta-feira, dia 28. A Polícia Militar deverá acompanhar a retirada dos manifestantes, instalados na área, no quilômetro 121 da Rodovia Adhemar de Barros (sentido Mogi Mirim-Campinas) desde o dia 13.

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A PM contabiliza cem famílias no local. O movimento fala em 200 famílias de 400 cadastradas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) na região. Não houve confronto entre os sem-terra e os policiais até esta sexta-feira. Há manifestantes de Campinas, Limeira, Hortolândia, Sumaré e Americana na fazenda histórica na região, ponto de turismo rural e produtora de café e frutas.

Segundo informou um dos coordenadores do acampamento José de Arimatéia, representantes dos sem-terra vão tentar negociar com o Incra antes de deixar o local. “Fomos avisados pela polícia e tentamos informações com o Incra. Ainda não conseguimos um retorno e por isso permanecemos no local”, afirmou Arimateia.

A manifestação dos sem-terra fez parte da Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária, contra a impunidade no caso do massacre de Eldorado dos Carajás, há 14 anos. Os proprietários da fazenda não falam sobre o assunto e proibiram funcionários de dar qualquer informação. O Incra em São Paulo informou que não vai comentar o caso.

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