O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse nesta terça-feira (19) no Rio de Janeiro que a logística do emprego das Forças Armadas ao processo eleitoral na capital fluminense será definida pela Justiça Eleitoral. Ele afirmou que ainda não há data para o início da operação, já que o ministério ainda não recebeu o pedido oficial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Nós faremos o que determinar o Tribunal Eleitoral para o objetivo que o Tribunal determinar. As linhas gerais serão definidas pelo Tribunal e encaminhadas às Forças”, afirmou.
Segundo o ministro, o número de militares envolvidos também dependerá do pedido do TSE. “As tropas não escoltarão ninguém. Permanecerão nos ambientes que o Tribunal determinar. Elas não estarão a serviço dos candidatos, mas da pacificação do processo eleitoral”, frisou Jobim.
O ministro minimizou as críticas do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), ao Comando Militar do Leste, que não estaria disposto a colaborar com a segurança no Rio. “Não há conflito nenhum, a não ser uma divergência de opiniões. Agora o fato é que não compete às tropas federais atuar em segurança pública”, afirmou Jobim. O ministro lembrou que o governo pretende enviar ao Congresso uma proposta de regulamentação do emprego do Exército na chamada “manutenção da lei e da ordem”.