O juiz federal da 1ª Vara da Justiça Federal de Mato Grosso, Sebastião Julier da Silva, determinou a prisão preventiva do “aloprado” Valdebran Padilha e do seu irmão Waldemir, presos na Operação Hygéia da Polícia Federal (PF) que investigou o esquema de fraudes na Fundação Nacional de Saúde (Funasa). O Ministério Público Federal (MPF) havia pedido a transformação da prisão temporária em prisão preventiva de 15 acusados dos 26 presos.

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Além dos irmãos Padilha, a Justiça determinou ainda a prisão preventiva de mais dez pessoas, entre elas os presidentes das duas Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips) Creatio e Idheas, do tesoureiro do PMDB, Carlos Miranda e do assessor e sobrinho do deputado federal Carlos Bezerra, José Luiz Bezerra.

Os irmãos Padilha são acusados de envolvimento num suposto esquema de desvio de verbas da Funasa e dos Ministérios das Cidades e da Saúde que teria, segundo a PF, provocado um rombo que pode chegar a R$ 200 milhões. Os dois constam no inquérito da PF como “beneficiários de contratos e licitações fraudadas com a Funasa e prefeitura de Santo Antonio do Leverger onde muitas obras teriam sido pagas e não executadas”.

Valdebran ficou conhecido depois que tentou vender, em 2006, um suposto dossiê contra o PSDB e contra o então candidato ao governo de São Paulo, José Serra, e ao ex-candidato à Presidência da República, Geraldo Alckmin. Na época, os petistas envolvidos no caso foram chamados pelo presidente Lula de “aloprados”.

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Além dos irmãos Padilha, também foram transformadas em preventivas as prisões provisórias dos presidente do Instituto Creatio e da organização Idheas, além dos integrantes do diretório estadual do PMDB, o tesoureiro Carlos Miranda, secretário-geral Rafael Melo Bastos e José Luiz Gomes Bezerra. O grupo formaria o núcleo intelectual do esquema.