Carlos Ruggi
Governador licenciado se esforçou em ajudar Gleisi Hoffmann, mas a Justiça não deixou.

O senador paulista Eduardo Suplicy (PT) substitui o governador licenciado Roberto Requião (PMDB) no programa de rádio e TV da candidata ao Senado pela Coligação Paraná Unido, Gleisi Hoffmann. A Justiça Eleitoral proibiu Requião de aparecer no programa de Gleisi, atendendo a uma representação feita pelo candidato da coligação Voto Limpo ao Senado, Luiz Felipe Haj Mussi (PPS).

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Ontem, a assessoria jurídica da candidata informou que iria ajuizar um recurso contra a proibição. Requião apareceu apenas uma vez no programa de Gleisi. Foi na sexta-feira passada, dia 22. O governador fez um depoimento destacando as qualidades da candidata petista (PT). No depoimento, o governador declara voto à candidata. ?Eu fiz questão de vir aqui para apoiar a Gleisi, que é a minha candidata, a candidata da minha mulher, é a candidata dos meus filhos, é a candidata da minha família e dos meus amigos, dos peemedebistas mais ligados a mim, ela é a minha candidata?, diz o governador, no vídeo exibido no horário da candidata.

Haj Mussi entrou com ação na Justiça Eleitoral, pedindo a suspensão da propaganda. Ele alegou que a participação do peemedebista na campanha de Gleisi desrespeita o artigo 54, da lei eleitoral, quebra a regra da verticalização. Por essa norma, os partidos têm que reproduzir nos estados as alianças nacionais.

O juiz auxiliar Renato Lopes de Paiva concedeu liminar à representação de Bueno e estipulou multa de R$ 1 mil por veiculação do depoimento se a coligação petista insistir em exibir a gravação do governador licenciado. Conforme o despacho, a regra da verticalização ?não permite a propaganda em uma legenda por candidato de outra?.

Apelo

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Suplicy, que está em primeiro lugar nas pesquisas de intenções de votos em São Paulo para um terceiro mandato de senador, foi a solução encontrada para preencher o espaço deixado por Requião. O depoimento de apoio dele já foi exibido anteriormente no programa da candidata ao Senado. ?A Gleisi tem competência técnica em questões financeiras e orçamentárias. Vai contribuiu para unir todo o Paraná, prefeitos e prefeitas, governador e a sociedade, sem distinção de partido político. A união é representada por Gleisi?, diz Suplicy.

No recurso que iria impetrar, o argumento da assessoria do PT é que o PMDB não tem candidato ao Senado e, por isso, o governador não está impedido de apoiar a candidata de outro partido. O PMDB teve negado pelo Tribunal Regional Eleitoral o pedido de inscrição da candidatura do ex-secretário de Justiça Aldo Parzianello.

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A Justiça Eleitoral concluiu que o PMDB não tinha direito de lançar o candidato ao Senado porque não inscreveu o senador Alvaro Dias como seu candidato, quando o partido estava coligado com o PSDB.

Com o fim da aliança, decretada pelo diretório nacional do PSDB, o PMDB teve que refazer a chapa, lançando novo candidato a vice-governador para substituir o tucano Hermas Brandão. O vice-governador Orlando Pessuti está concorrendo à reeleição ao cargo. Para o Senado, o PMDB desistiu da ação no Tribunal Superior Eleitoral para tentar preencher a vaga. Parte do PMDB apóia o senador tucano Alvaro Dias e outra ala acompanha Requião no apoio a Gleisi.