O ex-prefeito de Arapongas, José Aparecido Bisca (PFL), teve seus bens declarados indisponíveis pelo juiz Evandro Luiz Camparoto, que acatou denúncias feitas pelo promotor Luís Marcelo Mafra Bernardes, do Ministério Público. Segundo as denúncias, Bisca fez compra irregular de 14 ônibus em 2001. As acusações foram encaminhadas ao Ministério Público por uma Comissão Especial de Investigação da Câmara.

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O presidente da Câmara, Sérgio Onofre, afirmou que os veículos foram comprados em condições de superfaturamento, tinham restrições judiciais e estavam alienados. "Além de comprar os ônibus por valores muito acima do que valiam, logo que foram comprados, mesmo eles tendo três meses de garantia, o ex-prefeito gastou quase R$ 1 milhão nas reformas", disse Onofre.

O presidente da Câmara disse também que mais três comissões investigam outras irregularidades no mandato de Bisca. A Companhia de Desenvolvimento de Arapongas é um dos alvos investigados. Segundo Onofre, o ex-presidente da companhia, Nilton Antunes, nomeado por Bisca, usava a instituição em benefício próprio. Outras comissões avaliam a compra de remédios superfaturados e a venda ilegal de terras de reservas ambientais.

O presidente da Câmara quer que Bisca pague o que supostamente deve ao município. "Queremos que o município seja ressarcido pela perda de dinheiro com essas irregularidades", disse. No entanto, Onofre não soube estimar o prejuizo que o ex-prefeito teria causado ao município e o montante a ser ressarcido. O advogado do ex-prefeito, Fernando Augusto Sartori, disse que vai verificar o efeito da liminar e as possibilidades judiciais para, em seguida, recorrer da decisão.

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