Em meio ao acalorado ambiente político venezuelano, os conflitos internos da aliança opositora afloraram mais que nunca e ameaçam causar uma divisão. Nesta terça-feira, o partido oposicionista Ação Democrática, um dos maiores e mais antigos do país, retirou seu apoio aos quatro governadores que se subordinaram à Assembleia Constituinte.

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Henry Ramos Allup, secretário-geral do partido, informou à imprensa a exclusão de Laidy Gómez, Antonio Barreto Sira, Alfredo Díaz e Ramón Guevara, governadores de Táchira, Anzoátegui, Mérida e Nova Esparta, respectivamente. O anúncio acontece um dia depois de quatro dos cinco governadores da oposição terem feito juramento na Constituinte, composta por governistas.

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A Mesa da Unidade Democrática (MUD), uma aliança integrada por quase trinta partidos opositores, havia antecipado que os governadores não fariam juramento ante um organismo considerado inconstitucional por muitos.

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Como um sinal das divisões que atravessam a aliança opositora, o ex-candidato presidencial opositor e governador de Miranda, Henrique Capriles, questionou a honestidade de Ramos Allup e classificou de “fictícia” a exclusão dos governadores. “Não vou permitir que se continue mentindo à população”, disse Capriles na rede social Periscope.

Capriles, que também é líder do partido Primeiro Justiça, disse que chegou a hora de a aliança opositora se reorganizar para conseguir uma mudança política no país vizinho. Sem dar detalhes, ele destacou que não faria parte da MUD enquanto Ramos Allup seguir liderando o partido e disse que o juramento dos governadores opositores implica no reconhecimento de um órgão “fraudulento”. Fonte: Associated Press.