O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, pediu “responsabilidade” às lideranças que estão à frente da marcha do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que pretende reunir 5.000 pessoas em Brasília, para acompanhar o ato de entrega do registro da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP) à Presidência da República, marcada para quarta-feira, 15, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Jungmann avisou ainda que, caso ocorram “excessos”, as forças de segurança entrarão em operação para conter os manifestantes. “Temos um estado de preparo, de engajamento destas forças”, declarou o ministro.
“Faço um apelo àqueles que querem se manifestar, é um direito, é democrático, é parte do jogo, que seja ordeira e que tenha respeito, porque afinal de contas são os poderes da República e a capital federal do nosso País”, disse Jungmann. “Mas qualquer excesso que vier a acontecer nós estaremos com dispositivo de segurança para proteger as pessoas, o funcionalismo, os prédios, para que tudo corra bem”, emendou o ministro, citando que já existe um “dispositivo devidamente organizado e pronto para assegurar que tudo transcorra, pelo menos do nosso ponto de vista, dentro da ordem e com tranquilidade”.
Jungmann reconheceu que “a manifestação é parte da democracia”, “desde que ela seja ordeira, respeite as leis e o patrimônio e as pessoas”. Segundo ele, “se isso acontecer não vejo qualquer problema”. Mas, caso contrário, avisou que o governo vai contar com a Polícia Militar e com a Força Nacional, que estará à disposição da PM, “com um contingente necessário para garantir a tranquilidade do funcionamento da capital do país.”
Questionado se as forças estavam em estado de alerta, respondeu: “temos um estado de preparo, de engajamento destas forças”. Os manifestantes têm anunciado que a marcha será pacífica. Mas, tanto o governo federal quanto o governo do Distrito Federal, têm preocupações com exageros que podem acontecer por parte de alguns integrantes do protesto. Por isso, um monitoramento está sendo realizado para evitar surpresas. A Polícia Militar do Distrito Federal e a Força Nacional estarão acompanhando a manifestação e reforçarão a segurança do TSE.
As declarações do ministro Jungmann foram dadas após ele se reunir com a Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, quando assinou Termo de Cooperação Técnica sobre o Sistema Nacional de Localização e Identificação de Desaparecidos (Sinalid).