Responsável pela Polícia Federal, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse que não descarta a possibilidade de prorrogação do prazo de investigação em relação ao atentado sofrido pelo candidato do PSL ao Planalto, deputado Jair Bolsonaro, no dia 6 de setembro, durante ato de campanha, em Juiz de Fora (MG).

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Jungmann afirmou ainda que a PF não tem ainda “nenhuma indicação de que foi uma organização por trás que produziu aquele atentado”. No entanto, ressalvou: “Porém, não descartamos nenhuma hipótese, inclusive a da coautoria e se existe qualquer outro coautor ou organização por trás deste atentado, nós vamos achar, nós vamos chegar até eles e vamos apresentar a toda a sociedade e à opinião pública, sem nenhuma restrição”.

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No dia seguinte ao ataque a Bolsonaro, o ministro Jungmann declarou que a Polícia Federal trabalhava com a hipótese de que o agressor, Adélio Bispo, agiu sozinho, como “lobo solitário”, embora ressalvasse não descartar outras possibilidades. Nesta segunda, após cerimônia de instalação do Conselho Nacional de Segurança Pública, Jungmann justificou que aquela “era a informação que tinha, naquele momento” e voltou a dizer que não há indicação de que exista uma organização por trás de Adélio, que está preso em um presídio federal de segurança máxima, em Campo Grande (MS).

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Em relação ao prazo de conclusão do inquérito, o ministro Jungmann disse esperar que “dentro de 15 dias possa estar apresentando a finalização do inquérito”. De acordo com o ministro, se por acaso isso não for possível, “estaremos muito próximos de concluí-lo”. Segundo ele, “a PF tem atuado celeremente e nós temos a preocupação de cumprir com o prazo”. Mas, se não for possível, “se faltar algum dado ou alguma perícia, será pedido um pouco mais de tempo, mas eu tenho certeza de que nós não vamos demorar a apresentar os resultados”.

Jungmann voltou a repudiar o atentado praticado contra Bolsonaro, classificando-o como “inadmissível, trágico, e que também atenta contra a democracia”.