O ministro Luiz Edson Fachin assume nesta terça-feira, 16, a 11ª cadeira do Supremo Tribunal Federal tratando como página virada o demorado processo que o levou à Corte. Da indicação à posse, o professor de direito da Universidade Federal do Paraná precisou fazer um périplo por gabinetes de senadores diante da possibilidade de que o Senado rejeitasse sua indicação e sob acusações de ser um nome vinculado ao PT.

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Apesar de ter sofrido críticas desde que seu nome surgiu entre as indicações da presidente Dilma Rousseff, Fachin tem dito que se sente “gratificado” pelo processo e vem tentando passar a imagem de que assumirá a cadeira com “liberdade d’alma” para julgar quem quer que seja.

Embora o ministro não vá compor a Segunda Turma do Supremo, colegiado que vai julgar a maior parte dos processos da Operação Lava Jato, Fachin deverá analisar os casos que envolvem os presidentes da Câmara e do Senado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Renan Calheiros (PMDB-AL), respectivamente, que são alvo da investigação.

Contra a imagem de ser um nome próximo ao PT, depois da propagação de um vídeo seu pedindo votos à presidente Dilma em 2010, Fachin tem dito ainda a interlocutores que “um juiz não pode ter medo de decidir”. O professor, que vai adotar o nome de Edson Fachin como ministro, é favorável à transmissão dos julgamentos pela TV Justiça, fato que ajudou a dar maior visibilidade aos magistrados durante o julgamento do mensalão, entre 2012 e 2013. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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