O juiz da 1.ª Zona Eleitoral do Paraná, Roberto Antônio Massaro, não acatou o pedido de desistência coletiva dos candidatos a vereador do PRTB de Curitiba, entregue na sexta-feira pelos vereadores Manassés Oliveira e Mestre Déa, que continha o nome de 31 candidatos do PRTB.

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Massaro considerou que tal pedido não poderia ter sido protocolado em documento único, e sim individualmente, como os pedidos de registro de candidatura. O juiz está notificando todos os 51 candidatos do partido para que um a um, manifestem-se se disputarão ou não as eleições municipais de outubro.

Os candidatos a vereador registraram, em documento único, assinado por todos, o pedido de desfiliação do partido na última sexta-feira. A decisão de renunciar à candidatura foi uma resposta à impugnação do registro de Marinete Silva (PRTB) como candidata a prefeita, uma vez que a Justiça Eleitoral validou a coligação do PRTB com o PTB.

Sem legenda, os candidatos ficariam automaticamente fora da disputa, pois estar filiado a um partido há, pelo menos, um ano, é uma das exigências de elegibilidade.

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A coligação “Uma Só Curitiba”, encabeçada pelo deputado estadual Fábio Camargo (PTB) e com Vera Teixeira (PRTB) como vice-prefeita, foi aprovada pelos diretórios estadual e nacional do PRTB.

O vereador Manassés, ex-secretário do Trabalho de Curitiba e então presidente do PRTB Municipal, não concordou com a coligação e queria lançar chapa pura, com Marinete Silva como candidata a prefeita.

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Ao não acatar a determinação dos diretórios superiores do partido, Manassés foi destituído da presidência do diretório municipal e desistiu de tentar reeleição à Câmara Municipal.

Sua decisão foi acompanhada por Mestre Déa, o outro vereador do partido, e mais 29 candidatos a vereador da legenda, que, agora, terão de protocolar pessoalmente pedido de desfiliação e desistência da candidatura.

Manassés Oliveira disse, ontem, desconhecer a rejeição por parte do TRE, lembrou que todos os candidatos desistentes compareceram à 1ª Zona Eleitoral para entregar o pedido de desfiliação, mas disse que, se o tribunal exigir uma renuncia individual de cada candidato, eles retornarão um a um ao TRE.

“Ainda não fomos comunicados de nada. O TRE tem um pedido de renúncia assinado por todos e todos estávamos lá para entregar esse documento. Caso o Tribunal nos provoque a fazer a desistência individualmente, retornaremos lá, um a um para fazê-la. Estamos fora dessa eleição”, declarou.

Já o presidente estadual do partido, Marino Teixeira, comentou que a ação de Manassés foi imposta a outros candidatos e que agora, tendo que se manifestar pessoalmente, a adesão à renúncia em massa será bem menor. “Na prática, só os vereadores Manassés e Déa desistiram”, afirmou.