O ex-diretor do Banestado, Alaor Alvim Pereira, recebeu voz de prisão do juiz federal Sérgio Fernando Moro, da 2.ª Vara Criminal da Justiça Federal, às 17h de ontem, no final da audiência sobre desvio de dinheiro do Banestado. A pedido do magistrado, alguns policiais federais, que estão em greve, se dirigiram ao prédio da Justiça Federal, na Avenida Anita Garibaldi, para efetuar a prisão. Alaor foi levado até a Superintendência da Polícia Federal e de lá removido ao Centro de Observação Criminológica e Triagem (COT), no Ahu.
Pereira teve sua prisão decretada pela Justiça Federal, mas ficou foragido. Seus advogados, então, ingressaram com habeas corpus preventivo no Tribunal Regional Federal da 4.ª Região. No dia 10 do mês passado, foi negado o pedido dos defensores. Mas, depois conseguiram o deferimento do pedido, revogando a prisão logo depois. Em liberdade e sem precisar fugir, Pereira se apresentou ontem na audiência. Para sua surpresa e de seu advogado, Francisco Filho, Pereira recebeu voz de prisão. “Nem sei o que está acontecendo. A imprensa deve saber mais que eu.”
Denúncia
De acordo com a denúncia do Ministério Público, Alaor junto com outros ex-diretores do banco seriam responsáveis pela remessa ilegal de US$ 1,9 bilhão ao exterior, as chamadas contas CC5. A operação teria sido realizada entre 1996 e 1997. Os ex-diretores são acusados de depositar dinheiro em contas comuns abertas em nome de “laranjas”, para burlar a fiscalização do Banco Central. A base das operações seria a agência do Banestado em Foz do Iguaçu.
