Inconformado com o que chama de ‘piquenique’ da toga, o juiz federal Eduardo Luiz Rocha Cubas transmitiu mensagem por e-mail a seus pares em que classifica de “imoral” a assembleia geral ordinária da Associação dos Juízes Federais da 1.ª Região (Ajufer), marcada para 29 de agosto em um resort na Ilha de Itaparica, Bahia.

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Ele informa que já solicitou “há muito tempo” sua desfiliação da entidade, sediada em Brasília. Cubas diz que a Ajufer “deveria ser mais honesta com a observância de princípios de decência”.

A Assembleia Geral Ordinária foi convocada em edital subscrito pela presidente da entidade, Candice Lavocat Galvão Jobim. O encontro na ilha servirá para “discussão sobre formas de atuação da Ajufer contra a recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aos juízes que aplicam multa aos advogados públicos em ações judiciais que tratam sobre entrega de medicamentos”.

A pauta engloba, também, deliberação sobre proposta apresentada por um magistrado de “designar comissão para acompanhamento do aumento de valores do Pró-Social”.

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“Deixei de processar essa entidade, a despeito de anúncio prévio, em razão de diversos pedidos para não fazê-lo, pois seria o mesmo que condenar terceiros inocentes em razão da atitude desprezível de poucos”, acentua o juiz Eduardo Luiz Rocha Cubas, na mensagem aos colegas.

A juíza Candice Jobim, presidente da Associação dos Juízes Federais da 1.ª Região (Ajufer), rechaçou com veemência as acusações de seu colega. Ela esclareceu que nem o encontro nem a assembleia terão patrocínios. “Não haverá nenhuma verba externa, os associados da AJUFER é que arcarão com as suas despesas”, afirmou Candice Jobim.

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A presidente da AJUFER informou que os associados vão custear passagem, estadia, alimentação e outros itens.