O juiz de Direito Belchior Soares da Silva, da Sexta Vara Cível de Maringá, condenou o ex-prefeito, Jairo Morais Gianoto, e seis servidores da Universidade Estadual de Maringá, a maioria docentes, por improbidade administrativa, em função da cumulação de funções públicas com duplicidade de pagamentos e incompatibilidade de horários.
A decisão foi proferida em 26 de outubro, em ação civil pública protocolada pelo promotor de Justiça, José Aparecido da Cruz, da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Maringá, em janeiro de 2004, que se referia a fatos ocorridos a partir de 1997. Foram condenados, além de Gianoto, os servidores Dourivaldo Teixeira, Dulcineia Ester Pagani Gianotto, Ivan Murad, João Marin Mechia, Maria Augusta de Lima Araújo e Maria Bernadete Sperandio Cremm.
Segundo apurado pelo Ministério Público, o então prefeito requisitou servidores da UEM para participarem de sua gestão, recebendo valores por mais de uma função e exercendo-as em horários incompatíveis entre si. Os requeridos foram condenados na suspensão dos direitos políticos por cinco anos, perda da função pública que desempenhem, além do pagamento das custas e honorários advocatícios no valor de R$ 1 mil para cada um dos réus e multa de duas vezes o valor da última remuneração de cada um, além da devolução de R$ 1 milhão aos cofres públicos.
