O candidato a prefeito de Jundiaí e ex-prefeito Miguel Haddad (PSDB) teve o registro de sua candidatura cassada no sábado (20) pelo juiz eleitoral Marco Aurélio Stradiotto. A decisão foi baseada em “mau uso de meio de comunicação”, em ação proposta pelo Ministério Público (MP), que apontou uma reportagem sobre o Poupatempo publicada pelo Jornal da Cidade no dia 3 como crime eleitoral. O jornal também foi multado. O candidato já anunciou que vai recorrer.
Haddad, da coligação “Construindo o Futuro” (PSDB-PTdoB-PSC-PTN-PMDB-PV-PTC-PTB-PRTB-DEM-PRP-PR-PP-PSDC-PRB-P MN-PSL-PHS), confirmou que recorrerá amanhã da cassação do registro da candidatura. “Tenho certeza que a decisão será revertida por absoluta ausência de fundamentos. Já a minha campanha é irreversível. Entendo o que aconteceu como ônus de quem está à frente, de quem lidera a campanha eleitoral”, afirmou o candidato a prefeito de Jundiaí, cidade a 50 quilômetros de São Paulo.
A assessoria do candidato do PSDB informou que o MP havia pedido à Justiça Eleitoral a investigação de possíveis privilégios que o Jornal da Cidade estaria concedendo a Haddad e, caso fosse comprovada a irregularidade, o declarasse inelegível. No entanto o juiz cassou a inscrição da candidatura.
O candidato do PSDB a prefeito foi chefe do Executivo municipal na cidade duas vezes e lidera as pesquisas com 60% das intenções de votos. Haddad concorre com os candidatos Gerson Sartori (PT); Pedro Bigardi, da coligação “Jundiaí Quer Novas Idéias” (PCdoB-PDT-PPS-PSB), e Vanderlei Vitorino (PSOL).