Juiz apresenta estudo a Requião

O juiz de Direito de Marialva, Alberto Marques dos Santos, apresentou na reunião da Operação Mãos Limpas de ontem um estudo sobre a criminalidade, suas causas e soluções, que incentivou o governador Roberto Requião a desenvolver um projeto-piloto na cidade. A proposta do juiz é proporcionar um atendimento direcionado às famílias de menores infratores, para evitar a reincidência nas infrações. O governador quer a participação da Secretaria de Estado do Trabalho e da Ação Social na experiência.

O juiz Marques destacou que, em relação aos demais estados brasileiros, o Paraná ainda está numa faixa razoável em termos de índices de criminalidade. “Precisamos de ações que previnam aqui a situação vivida hoje em São Paulo e Rio de Janeiro, especialmente no que diz respeito aos menores infratores e seu envolvimento no tráfico de drogas”, afirmou.

Existem bons projetos na área de recuperação de menores e no atendimento às gestantes carentes, mas, segundo Marques, falta uma visão de conjunto no atendimento às famílias. “Recupera-se um menor e devolve-o para a família que tem um pai alcoólatra ou a mãe envolvida com drogas, por exemplo. Assim, o problema não é solucionado”, disse. “Com uma equipe formada apenas por um psicólogo, um assistente social e um funcionário administrativo, é possível realizar um trabalho integrado com a família desses menores”, avaliou.

Marialva, uma cidade pequena, de 22 mil habitantes, com baixos índices de criminalidade é, na opinião do juiz, um bom local para desenvolver esse tipo de experiência. As comarcas do interior do Estado desenvolvem projetos que poderiam ser aglutinados no atendimento de toda a família, numa visão de núcleo ou sistema, no entendimento de Marques. Segundo os dados levantados pelo juiz, várias são as causas da criminalidade, com destaque para o desemprego, baixa renda e favelização, além da desestruturação familiar, também uma conseqüência desses fatores.

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