O juiz da 3.ª Vara Criminal de Londrina, José Marcos de Moura, recebeu esta semana a denúncia oferecida pela Promotoria de Investigação Criminal – PIC – da comarca contra o presidente da Sercomtel (Serviço de Comunicações Telefônicas de Londrina), João Batista de Rezende e o detetive particular Paulo Rodrigues. Eles foram denunciados em 17 de março por quebra de segredo de Justiça, em função de vazamento de documentos judiciais e informações sigilosas.

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De acordo com o Ministério Público, durante cerca de um ano (entre 2003 e 2004), ofícios judiciais em segredo de Justiça endereçados à Sercomtel e que estariam arquivados em local protegido, na assessoria jurídica da empresa, teriam sido fotocopiados pelo presidente João Batista de Rezende e repassados, direta ou indiretamente, para o detetive Paulo Rodrigues. Os documentos, que estavam em prédio distinto do da presidência da empresa, foram levados por ordem de Rezende até a sala da presidência, onde foram fotocopiados. A denúncia não se refere aos motivos que levaram o dirigente da Sercomtel a ceder ao detetive particular documentos relativos a investigações que estavam sendo feitas pela PIC, em sua maioria, e também pelas polícias Militar e Federal. O crime de quebra de segredo de Justiça pode levar a pena de dois a quatro anos de reclusão. 

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