O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse hoje que só depois de a Medida Provisória 527 chegar à Casa é que saberá qual é a melhor saída para solucionar o impasse sobre o sigilo no orçamento para as obras da Copa do Mundo de 2014. O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), já declarou que é contra o sigilo, determinado na MP editada pela presidente Dilma Rousseff.

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O líder rejeitou a ideia sugerida pelo senador Walter Pinheiro (PT-BA), de fechar um acordo prévio para a presidente Dilma Rousseff vetar o dispositivo do sigilo. Jucá alega que seria melhor resolver a questão no Senado. “Essa questão do sigilo tem de ser debatida pelo Senado. Acho que se nós aprovarmos do jeito que está e colocarmos o veto para a presidente, talvez não seja o melhor mecanismo, já que nós temos prazo para discutir e votar aqui no Senado. É melhor que o debate seja feito aqui, sem o Senado abrir mão de sua prerrogativa”, afirmou.

O senador disse que não entendeu a posição de Sarney como sendo de oposição à MP mas, sim, a de rejeitar apenas o artigo do sigilo. “E a intenção do governo não é ter obra sigilosa, o governo está criando um mecanismo de proteção do preço enquanto abre o processo de licitação, mas tudo isso é discutido. Nada foi ainda aprovado definitivamente na Câmara e, portanto, poderá ser discutido e modificado no Senado”.

Segundo Jucá, os senadores terão duas semanas para debater a MP, cuja validade termina dia 14 de julho. “Tem destaques ainda a serem votados na Câmara e, portanto, a gente não sabe o texto que chegará ao Senado”, lembra. “Quando chegar vamos debater com os líderes e eu espero que o Senado tenha prazo para discutir e se for o caso emendar a proposta, já que ela só cai, só perde a validade no dia 14 de julho”, argumentou.

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