O presidente do PMDB e líder do governo no Congresso, Romero Jucá (PMDB-RR), minimizou as denúncias feitas pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero contra o titular da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima. De acordo com o peemedebista, a situação será esclarecida com brevidade e a questão não afeta em nada as votações em curso no Congresso.
“O ministro Geddel presta um grande serviço ao governo e ao País. Interessa ao ministro Geddel e ao governo que esse assunto seja esclarecido. Esse é um caso pontual que não irá atrapalhar de forma nenhuma o funcionamento do governo”, disse.
Jucá disse que falou na tarde desta segunda-feira, 21, com Geddel e o ministro-chefe da Secretaria de Governo externou o desejo de que o processo que pode ser aberto contra ele na Comissão de Ética da República seja tratado com rapidez. Hoje, o conselheiro José Saraiva pediu vista do processo na Comissão, adiando a decisão do colegiado sobre prosseguir ou não com uma investigação contra o ministro.
O conselheiro em questão foi indicado pelo próprio ministro-chefe da Secretaria de Governo. Segundo, Jucá, entretanto, Geddel trabalharia para que o pedido de vista seja retirado e que o processo seja julgado antes de dezembro.
Votações
Nas próximas semanas, matérias importantes para o governo, como a PEC do teto e a reabertura da repatriação, serão votadas no Congresso. Para Jucá, o caso Geddel não irá atrapalhar as votações.
“Não causa fragilidade. A base está votando unida, o governo está firme no seu objetivo. Não vamos sair do foco”, afirmou o senador. Braço direito de Temer, Jucá afirmou ainda que o caso Geddel é específico e qualquer situação semelhante será tratada de forma pontual, “sem tirar o governo do rumo”.
O peemedebista também minimizou a atuação da oposição, que vai protocolar nessa tarde uma ação na Procuradoria-Geral da República, pedindo investigação sobre o caso Geddel. “A oposição está tentando criar um fato político, é natural.”
Calero se demitiu na última sexta-feira e explicou a decisão pela pressão que sofreu do titular da Secretaria de Governo para liberar um empreendimento imobiliário de luxo em Salvador no qual Geddel tinha comprado um apartamento. Geddel nega as acusações.