O ministro do Planejamento, Romero Jucá, defendeu há pouco que as decisões do novo governo precisam ser tomadas olhando para o presente e o futuro, independentemente de resultado da votação a ser realizada no Senado. O Senado tem até 180 dias para avaliar o afastamento definitivo de Dilma Rousseff (PT) no processo de impeachment.
Para Jucá, as ações devem ser adotadas “por conta da responsabilidade não só do governo, mas de partidos políticos e da sociedade”. Ele respondia a um questionamento sobre o motivo de a nova gestão planejar medidas de longo prazo mesmo diante da possibilidade de Michel Temer (PMDB) ser o presidente por apenas 180 dias.
Meta fiscal
Após encerrar a entrevista, Jucá foi questionado sobre como o governo pretende rever a meta fiscal com um rombo de R$ 96 bilhões, prevista para ser aprovada no Congresso na próxima semana, se já se sabe que o déficit caminha para ser maior. Ele voltou a ligar o microfone e falou em valores, não em números.
Para o ministro, o governo deve enviar uma “emenda de ressalva”, com procedimentos para incluir abatimentos de programas na meta. Ele não detalhou quais seriam as alternativas estudadas.