Ao lado de cartazes de protestos e gritos de golpista, o ministro do Planejamento, Romero Jucá, declarou na tarde desta segunda-feira, 23, que pedirá licença do cargo ainda hoje. “Amanhã estarei de licença”, disse, após a revelação de conversas telefônicas entre ele e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, nas quais o senador sugere um pacto para deter o avanço sobre o PMDB da Operação Lava Jato.

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Jucá disse que pediu ao seu advogado que prepare um documento para que o Ministério Público se manifeste sobre o caso e “na medida em que colocar esse documentos no MP, vou conversar com o presidente Michel Temer, vou pedir licença do Ministério enquanto o Ministério Público não se manifestar”, afirmou.

Ao ser interrompido por diversas vezes por manifestações que o chamavam de golpista, Jucá disse que o governo não tem “medo de cara feia, nem de gritaria de gente irresponsável que quebrou o País”. “Por causa de babaquices como essas (gritos de golpista) vamos fazer o enfrentamento”, afirmou.

Jucá disse que o atual secretario-executivo do Ministério, Dyogo Oliveira, ficará interinamente no cargo no período de seu afastamento. “Presidente me deu voto de confiança, eu podia ficar, mas prefiro aguardar manifestação do MP”, disse Jucá, que reafirmou que está consciente que não cometeu irregularidades. “Tenho defendido rápida investigação dos casos da Lava Jato e culpar quem tem culpa”, disse.

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Padilha

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou nesta tarde que o governo perde com a decisão do ministro do Planejamento, Romero Jucá, de pedir licença do cargo e espera que isso seja temporário. “Jucá é um dos mais competentes ministros, é um operador político exemplar, conhecedor das contas públicas como ninguém dentre os parlamentares e economistas, além de ser perfeitamente afinado com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles”, afirmou, completando ver como “pesar” a saída de Jucá. Colaborou Tânia Monteiro

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