Dos cinco ministros que a oposição no Senado quer convocar para falar de denúncias de corrupção, o líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), disse hoje que concorda com o comparecimento de três deles: Paulo Passos (PR), dos Transportes; Afonso Florence (PT), do Desenvolvimento Agrário, e Wagner Rossi (PMDB), da Agricultura.

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Mas Jucá especificou que os ministros serão convidados e não convocados. A diferença é que o convite, além de ser considerado mais polido, permite que os ministros rejeitem a iniciativa. Na convocação, são regimentalmente obrigados a atender o chamado.

Jucá anunciou para a semana que vem a votação do convite a Rossi na Comissão de Agricultura, o que adiará o seu comparecimento para daqui a 15 dias. Em relação a Passos e Florence, ele não precisou a data em que os convites serão formalizados para que falem da política dos ministérios que comandam.

O senador não citou o ministro das Cidades, Mário Negromonte (PP), alvo de denúncia de que haveria na pasta um esquema de pagamentos irregulares a empreiteiras que fizeram doações ao seu partido. Quanto ao ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, o líder defendeu que ele não tem porque comparecer ao Senado para falar de um suposto esquema de corrupção na Agência Nacional de Petróleo (ANP). Alega que não há uma “subordinação direta” da agência com o ministério.

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Para Jucá, a iniciativa da oposição, de convocar ministros de Estado, é “natural” e faz parte de “tentar qualquer coisa que desgaste o governo”. O líder do governo voltou a criticar a iniciativa de seu irmão, Oscar Jucá Neto, de denunciar corrupção na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). “Eu coloquei para a presidente Dilma e para o ministro (Wagner Rossi) o meu pedido de desculpas, é um processo que não estava no meu controle. Eu só podia me desculpar e dizer o que tenho dito, que discordei da posição de meu irmão e portanto tornei isso publicamente”, afirmou. Ele acredita que o assunto “se esgotou” na investigação da denúncia que o ministro Rossi vai mandar fazer.