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Condenado por corrupção, José Dirceu volta à prisão na Grande Curitiba

Foto: Agência Brasil

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, condenado a oito anos e dez meses de reclusão por corrupção e lavagem de dinheiro, foi transferido neste sábado (18), da Polícia Federal para o Complexo Médico-Penal de Pinhais, localizado em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, onde já esteve preso anteriormente.

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Dirceu se apresentou à PF na noite de sexta-feira (17), cinco horas e meia depois do prazo determinado pelo juiz Luiz Antonio Bonat, da 13.ª Vara Criminal de Curitiba. O ex-ministro viajou de carro de Brasília para Curitiba e alegou que houve um “acidente no caminho”.

Estão presos ou já passaram por Pinhais figuras-chave da Lava Jato, como o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ), o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e o ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque.

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A prisão do ex-ministro foi decretada pelo TRF-4, sediado em Porto Alegre, na quinta-feira (16). Os desembargadores negaram embargos de Dirceu e mandaram prendê-lo, seguindo jurisprudência do Supremo que autoriza execução provisória de pena de condenados em segunda instância.

A Lava Jato sustenta que Zé Dirceu pegou propinas em contrato superfaturado da Petrobrás com a empresa Apolo Tubulars, fornecedora de tubos para a estatal, entre 2009 e 2012, quando o petista já não ocupava cargo no governo Lula.

Segundo a força-tarefa do Ministério Público Federal, parte dos valores do contrato da Petrobrás, que chegaram a R$ 7.147.425,70, foi repassada a Duque, ex-diretor da Petrobrás, e parte a Dirceu.

Para disfarçar o caminho do dinheiro, o ex-ministro e seu irmão, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, teriam usado a empresa Credencial para receber R$ 700 mil – o restante teria sido usado para bancar despesas com uso de aeronaves em mais de 100 vôos realizados pelo ex-ministro.

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