O deputado José Carlos Araújo (PR-BA) foi eleito, na tarde desta quarta-feira (25), presidente do Conselho de Ética da Câmara, que, a partir da próxima semana, deverá conduzir a investigação no processo de cassação de mandato do deputado Edmar Moreira (sem partido-MG). No primeiro discurso como presidente, Araújo defendeu uma série de mudanças no conselho, incluindo a que dá ao relator de processos a opção de sugerir penas mais leves que a cassação de mandato.
Questionado sobre a série de processos contra deputados durante o escândalo do mensalão, Araújo disse que alguns parlamentares perderam os mandatos, quando poderiam ter tido outras punições, como a suspensão. No entanto, o presidente do conselho afirmou que outros envolvidos no caso do mensalão foram absolvidos, mas poderiam ter cumprido algum tipo de pena. “Acho que, para os que foram absolvidos, caberia alguma pena. E para alguns cassados, poderia ter tido pena mais leve”, disse.
Araújo não quis fazer comentários sobre o processo de Edmar Moreira, porque o parecer da comissão de sindicância da Corregedoria da Câmara está em votação e será enviado à Mesa Diretora em seguida. O parecer do relator José Eduardo Cardozo (PT-SP) pede a abertura de processo de cassação de mandato no Conselho de Ética e deverá ser aprovado por unanimidade pela comissão de sindicância.