O ex-ministro Luiz Gushiken, que faleceu nesta sexta-feira, 13, sofreu muito com a acusação do processo do mensalão em 2005, do qual foi retirado da lista de réus em 2012, e estava muito mal na última quinta-feira, de acordo com o presidente da Câmara dos Vereadores de São Paulo, José Américo. Ele citou ainda a “serenidade” com a qual ele enfrentou o câncer no estômago por 12 anos, “trabalhando sem parar”. “Só quando não teve mais condição, ele foi abatido pela doença. Foi uma perda irreparável”, disse ele, em conversa com jornalistas.
Américo contou que Gushiken já estava muito debilitado fisicamente e, embora já soubesse que iria morrer, enfrentou isso com coragem. Sobre a absolvição dele da acusação do mensalão, Américo disse que o ex-ministro se sentiu bem. “A acusação (no processo do mensalão) foi infundada, gratuita e leviana. Não tinha absolutamente nenhuma prova contra ele”, destacou o presidente da Câmara dos Vereadores.
Ele disse ainda que Gushiken foi um dos maiores quadros do Partido dos Trabalhadores e da esquerda latino-americana e que, antes de tudo, foi militante de uma “perspicácia e capacidade fora do comum”. Segundo Américo, o ex-ministro teve influência muito grande na formação do PT e depois nas campanhas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Ele foi talvez uma das pessoas mais próximas que existiu do presidente Lula”, disse Américo. Ele informou que Lula está a caminho do velório de Gushiken. O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, acaba de chegar. Ele resumiu, em conversa com a imprensa, que o ex-ministro foi uma referência e uma pessoa do bem. Sobre o mensalão, declarou: “isso já foi julgado”.